ok... eu sei q muitas pessoas q eu tenho adicionadas nem liam a minha fic nem falaram comigo ou eu com elas mas queria que soubessem que eu ja nao vou postar mais.. vou deixar de postar neste e em qualquer outro blog.
uma amiga minha diz que estou demasiado obcecada pelo bill e que mudei para pior e por isso acho que assim pelo menos ela pode acreditar pelo menos um bocadinho que eu nao tou obcecada pelo Bill!
mesmo que tivesse, qual era o problema? tou farta d aturar coisas desse genero... mas uma pergunta: pq raio e que uma rapariga nao pode ter uma paixao platonica? dizes que mudei mas tu ja foste como eu e tambem mudas.te... e s quiseres saber: para mim tmb mudas.t para pior.
XOXO, Kurisu...
- Hallo! Como correram as aulas?- perguntou Tom.
- Olá! Correram bem, e as vossas?
- Nem por isso, a minha DT é a pior professora da escola! Os Kaulitz é que tiveram sorte, ficaram com a Shelby- disse Andreas amuado e com os braços cruzados.
- A Shelby?- disse Susan impressionada- Que sorte! Nós ficámos com a Chesterton, ela até é fixe...
- Eu curti-a também- disse- por falar nos Kaulitz, onde está o Bill?
A Johanna deu-me um sorriso um tanto estranho e depois olhou para todo o lado para fingir que não era nada com ela. O Tom riu-se também.
- O que foi?- perguntei indignada.
- Nada, nada- disse Tom- Acho que está com o Nuno nos estábulos. O Nuno foi montar o Cirus.
- O Cirus? Quem é?
- É o cavalo dele. É impossível de montar --’!
- Não sabia que o Nuno montava. Vamos lá ver quem monta melhor- disse com um sorriso ameaçador.
- Sabes montar também?
- Sim...- disse um tanto envergonhada já.
- Então vamos lá todos ver!- sugeriu Andreas.
Corei um bocado e insisti em que não era nada de especial, mas todos me queriam ver a montar, por isso lá fui arrastada por eles. Avistámos o picadeiro, mas não estava lá ninguém, então entrámos nos estábulos e vimos o Nuno com umas calças e umas botas de montar e com um cavalo castanho escuro lindo ao lado. Tinha a uma mancha branca no topo da cabeça e uma das patas era em parte, branca também.
- Nuno, parece que tens uma rival agora!- disse Andreas apontando para mim.
- Ai é? Vamos lá medir forças então!- disse com um sorriso na cara.
- Ok, quem vai perder és tu, por isso, vamos lá!- disse.
- Não tens é equipamento- dei agora pela presença de Bill.
Olhei-o durante alguns segundos e, por fim, consegui concentrar-me na vida real. Quando dei por mim, todos me olhavam e olhavam também para Bill, que estava com cara de parvo sem perceber porque eu estava a olhar para os seus olhos.
- Ahmm... Pois, Sim... Hmm... Não faz mal... Eu faço com esta roupa.
Agora era Bill que me olhava. Um pequeno brilho apareceu do nada naqueles olhos castanhos avelã. Naquele momento, aquele olhar conquistou-me e não consegui prestar atenção a nada mais. Desviei o olhar e ele fez o mesmo; reparámos que já lá não estava nem o Andreas nem a Johanna e que Nuno estava a falar com Susan. Ouvi as vozes de Johanna e de Andreas a chamarem-me e fui de encontro às vozes, entrando mais para dentro dos estábulos.
- Escolhe um- disse Johanna.
Não sabia por onde escolher, haviam tantos compartimentos, cada um para um cavalo. A maioria dos cavalos eram de diferentes tipos de castanho e alguns eram brancos ou cinzentos. Aproximei-me de um cavalo diferente de todos os outros, todo preto. Ele resfolegou e o seu olhar passou pelo meu e ficou preso. Franzi o sobrolho e ele resfolegou de novo. Sorri.
- Este.
- Tens a certeza? É capaz de ser difícil montá-lo. Até o Nuno tem alguma dificuldade.
- Não faz mal- disse acariciando o focinho do animal.
Preparámo-lo e subi para cima dele. Estava muito alta e quase toquei no topo da porta quando passei por ela. Não fomos para o picadeiro, dirigimo-nos para o jardim. O objectivo era dar a volta à escola. Nuno olhou-me com inveja, também queria estar assim tão alto, mas Cirus era mais baixo uns bons 30 centímetros que o cavalo em que estava montada.
- Estás pronto?
- Claro, e tu?
- Sim.
Tom fez a contagem e nós partimos. O vento batia-me na cara à velocidade a que o cavalo corria. O seu galope era incrível, mas Nuno continuava a meu lado, um pouco mais à frente. Ele olhou para trás e sorriu vitorioso. Mas aquela corrida mal tinha começado e eu incitei o cavalo cujo nome eu ainda desconhecia a ir mais rápido e ele acelerou, mas tive o pressentimento de que não foi por minha causa; senti que a sua vontade de vencer era superior à minha e à de Nuno. Foi uma sensação um tanto estranha que partilhei com aquele cavalo que mal conhecia. Acabei por alcançar o outro cavalo e, alguns segundos depois, ultrapassá-lo, deixando Nuno estupefacto. O jardim não estava muito cheio, apenas com alguns alunos e esses olharam-nos, alguns como se fossemos uns exibicionistas e outros como se estivessem interessados na corrida. Passámos por eles a tal velocidade que nem cheguei a ouvir bem uma professora à porta do ginásio. Estávamos a meio da volta e eu continuava à frente do Nuno, mas por pouco tempo pois ele conseguiu passar-me com alguma dificuldade. Continuou a avançar, distanciando-se cada vez mais. Faltava pouco para o fim e já via o pessoal lá a frente a saltar e a gritar. O cavalo acelerou mais e mais, mas Nuno já estava a poucos metros de distancia. Não desisti e inclinei-me sobre o corpo do animal, fazendo perfurar o vento dando uma agilidade maior que a de Nuno. Alcançei-o e ficámos lado a lado. Nenhum dos cavalos conseguia correr mais depressa nem mais devagar, até que eu me desequilibrei e por pouco não caí do cavalo. Estava bem, mas o cavalo tinha abrandado e, por isso, Nuno já estava à minha frente uns bons 2 metros. Concentrei-me de novo na corrida mas já estávamos demasiado perto da meta, então os meus esforços não valeram por muito. Perdi a corrida por pouco e, como o cavalo estava com a respiração acelerada, abrandei cada vez mais até parar. Nuno parou um pouco mais à frente. Virou-se finalmente e foi ter comigo.
- Boa corrida! Tens jeito.
- Obrigada, mas ganhaste- sorri.
- Mas a mim ninguém me ganha!
- Convencido.
Desatei a rir e ele riu-se também. Aproximámo-nos do pessoal e eu desci do cavalo. Dei-lhe umas festas no focinho e apanhei um pouco de relva e dei-lhe à boca.
- Foi genial! Disseste que não eras nada de especial, mas afinal...- Susan.
- Podes crer. Tens jeito para a coisa, não é ninguém que quase ganha ao Nuno- disse Bill.
- Obrigada- disse num envergonhado riso.
Hallo a todas e todos os que tao a ler isto^^!
e so para saberem q eu postei um novo capitulo a pouco tempo e q aind anao tenho nenhum comment!! xD e eu preciso d comments para poder continuar nao e assim? xP pelo menos um ou dois (+.+) [plzzzzz] xD
mas nao era so por isso q fiz este post.. tambem queria dizer q vou começar a escrever uma nova fic e por isso esta vai demorar um pouco ate acabar para ter tempo de acabar a outra e mais outra e outra xD no gozo..!
vai.s chamar 'Lost in Translation' e é sobre uma rapariga que conhece um rapaz. Ele não é da nacionalidade dela e a sua única maneira de comunicar vai ser através da lingua mãe da melhor amiga da protagonista, o inglês.
=D
Acordei na manhã seguinte com um som estranho. Parecia como a campainha da minha antiga escola, mas muito mais forte e... "calma aí! As aulas começam hoje???" pensou Kurisu. Levantou-se e ficou sentada na cama a esfregar os olhos. Agora destinguiu muito barulho vindo do dormitório e olhou para Johanna e Faye, que já estavam levantadas e estavam a vestir-se, assim como o resto do dormitório. Afastou os lençois das suas pernas e levantou-se. Estava muito zonza ainda e não conseguiu chegar aos armários muito facilmente. Só depois de Andrea a ajudar é que conseguiu e, mesmo assim, ainda não via lá muito bem. "Que horas devem ser, Meu Deus?"
- Ainda estás assim? Despacha-te! Já são 6.20 e a cantina fecha às 6.45- disse Johanna à medida que se aproximava dela e se afastava outra vez por reparar que se tinha esquecido do pijama numa das 30 e tais cómodas do dormitório - A tua é ali - apontou para um cómoda entre Andrea e outra rapariga que não conhecia e dirigiu-se para frente do espelho que se encontrava ao lado da sua cómoda.
Vestiu-se rapidamente, lavou os dentes na casa-de-banho e penteou-se. e sentou-se na cama. Johanna e Faye também já estavam prontas e à espera de Susan e Andrea, que ainda estavam para se calçar e lavar os dentes. Quando todas estavam prontas, saímos do dormitório e descemos das escadas. Encontrámos lá em baixo Nuno e Andreas.
- Já tomaram o pequeno-almoço?- perguntou-me Nuno.
- Não, íamos agora tomar- respondi-lhe.
- Nem nós. Os Kaulitz já tomaram e estão lá fora a estudar.
- A estudar? As aulas só começam hoje!
- Ainda nem há testes marcados.
- Pois, mas acho que eles este ano estão a ver se têm pelo menos 18 para o Bill entrar em design e o Tom em hotelaria.
- Coitados, já estão no 12º. A nós ainda nos faltam 4 anos!- disse Johanna.
- A Maria vai passar agora para o 8º, não vai estar na nossa turma.
- Ohh que pena, mas assim fazes companhia à Andrea, ela também vai passar agora para o 8º.
- Que giro, mais uma companheira de mesa com quem vou falar e falar e... falar!- riu-se.
- A Faye passou agora para o décimo. Vai ficar na turma do Nuno, acho eu.
- Então sou o único que fico sozinho, é? Voçês são todos uns antipáticos!- disse o Andreas.
- És do 11º? Pareces mais velho.
- Pois, eu chumbei o ano passado.
- Então a culpa é tua!- disse rindo-me.
*
Amuou e todos nos rimos com a cara que ele fez. Fomos tomar o pequeno almoço e Faye e Susan e Andreas tinham ido para a sala de convívio jogar matraquilhos e tinham-nos deixado assim que terminaram o pequenho-almoço. Fomos ter com os gémeos ás mesas do espaçoso jardim. Encontrámos lá os irmãos a fazerem perguntas um ao outro.
- Então? Já estudaram muito?- disse Andrea assim que chegámos ao pé deles.
- Sim, estavamos agora a ver os resultados- respondeu Tom.
- E são bons?- arrisquei eu.
- São. Para o início do ano.
- Mas não fiquem muito nervosos, mais vale fazerem isso com calma do que todos strassados- continuei.
- Pois, mas o 12º ano é mais difícil que sei lá o quê...- respondeu o Bill ainda com os livros à frente da cara.
Sentámo-nos todos na mesa e enrolamo-nos de tal maneira na conversa que os livros foram esquecidos de um momento para o outro. Eram 11.30 quando outra campainha tocou. Era o do início das aulas e como nenhum deles levou nada para a sala, eu também nada levei. Entrámos no Átrio principal e estavam lá imensas pessoas à volta de um senhora muito atarefada a entregar papeis e a falar com alunos de um lado para o outro.
- É a Mrs. Chesterton- disse-me Nuno vendo a minha cara de confusa- Ela é que entraga as plantas das turmas e diz aos alunos a que turma pertencem.
- E quem são aqueles alunos que estão ao lado dela?- disse observando os 20 e poucos alunos que estavam ao lado dela e separados do resto da multidão.
- São os Head Students. Cada um daqueles alunos representa uma turma.
Chamaram o meu nome e fiquei sei saber o que fazer, até Johanna me empurrar para a frente e eu fui ter com a mulher. Era muito baixinha e resingona, com um profundo ar de má.
Ela olhou para mim como se olhasse para um mosca, a forçar tanto a visão que parecia que lhe iam sair os olhos. Tinha uns óculos na ponta do nariz e reparei cada vez mais à medida que me aproximava que as suas rugas eram tão carregadas que por momentos pensei que tivesse 80 anos mas, quando se aproximou de mim para me dar um papel, vi que andava demasiado bem para ter tanta idade. Agradeci e virei-me. Olhei para o papel e vi um grande '9º B' estampado no ínicio da folha.
*
Ficara na turma da Susan e da Johanna e Maria na turma da Andrea. Faye tinha ficado no 10º D, enquanto Nuno tinha ficado na turma A. Os gémeos Kaulitz tinha ficado na mesma turma, obviamente. Uma rapariga alta e com o cabelo castanho claro chamou a minha turma e, acompanhada por Susan e Johanna subi as escadas, e assim aconteceu com outras turmas antes e depois da minha. Subimos mais um andar desde os dormitórios e virámos à direita. Sentei-me à frente da de Johanna e Susan. Entrou na sala a professora do Átrio e deu-nos os bons dias. Todas as aula eram dadas em inglês, pois a escola era internacional, e tínhamos uma professora para cada disciplina, como era óbvio.
Tivemos apenas 1 hora de aulas antes do almoço, mas a professora avisara-nos que não era todos os dias, apenas nos primeiros e ultimos dias do periodo.
*
Almoçei com Johanna e Susan, pois não encontrámos mais nenhum deles. Fiquei a conhecer melhor Susan e reparei em como era uma rapariga interessante. Era muito divertida e, quando queria, conseguia fazer com que qualquer pessoa gostasse dela. Ao contrário de Johanna, Susan era muito terra-a-terra. Sabia perfeitamente o quer queria da vida e não deixava os seus sonhos voar muito alto porque sabia que se não acontececem iria ficar de rastos. Era também muito intuitiva e não se deixava ver o seu interior a menos que quisesse mesmo.
No fim do almoço fomos para o jardim e lá encontrámos o Tom e o Andreas.
Voltei a virar-me para a ala onde estavamos e vi lá a Faye, a Susan e uma outra rapariga com elas.
- Esta é a Andrea- disse apontando para a outra rapariga. Era mais alta que eu e que a Johanna e tinha o cabelo preto com umas madeixas loiras pelo cabelo. Tinha um piercing no lábio e na orelha.-, a Faye e a Susan. E estas são a Kurisu e a Maria.
- Já conheciamos a Kurisu, mas a Maria ainda não.
- É amiga da Kurisu, veio para cá por ela...
- A sério? Tão crida!
- Hmm!- riu-se a Maria.
- Estão prontas para um ano no colégio mais fixe de sempre?- perguntou Andrea com um sorriso nos lábios.
- Claro!! Nós já estamos a adorar!- sorri
- Bem, vamos ter com os gémeos? Eles estão lá fora à nossa espera...- avisou Johanna.
- Claro! Ainda não os vi... Tenho imensas saudades deles!!- exclamou Andrea.
- Já viste o Andreas? Ele está muito mais giro!- disse Susan mordendo o lábio e brincando com o piercing e olhando para Andrea com uma cara marota.
- Que foi?- perguntou ela a rir.
- Mais giro que o Bill não está!- disse Faye.
- Já o viste?- perguntou uma.
- Já! À bocado, quando eles chegaram.
- Falas-te com a Simone? Ela é tão simpática!
- Não, ela já se tinha ido embora.
- Quem é a Simone?- perguntei confusa.
- A Simone é a mãe deles. É muito fixe!
- Mas agora deixaram-me mesmo muito entusiasmada, quero vê-lo!- disse e as outras riram-se.
- Vamos, então!
- Deixa as malas aí- disse Andrea.
Saímos do quarto e reconheci Tom. Estava com um rapaz com o cabelo preto com madeixas brancas e comprido. Era muito giro, mas duvidava muito que fosse o tal Bill. Aproximamo-nos e elas correram para os braços deles deixando-me a mim e à Maria olhá-los intimidadas.
- Quem são?- perguntou o rapaz ao ouvido de Faye, que estava abraçada a ele e ele a ela.
- Meninas, este é o Bill. Bill estas são a Maria e a Kurisu.
- Olá.- disse-me olhando para mim nos olhos.
- Olá...- disse com um risinho envergonhado.- Nem sequer pus a hipótese de seres tu o 'famoso'[xD] Bill. Não és nada parecido com o Tom.
- Toda a gente diz isso, mas na verdade somos gémeos verdadeiros.
*
Tinham-se juntado a nós o Andreas, o Nuno e o Ruki e passamos um dia muito cansativo e receptivo. Estavamos na sala de convívio do 2º andar nos sofás quando Faye tem uma excelente ideia.
- E se fossemos dar um mergulho à praia?
Eram 18 horas e o jantar comum estava cominado para as 21 horas, mas como todos achamos uma boa ideia, cada grupo- rapazesz e raparigas- foi ao respectivo dormitório vestir-se para ir tomar banho.
- Faye, ajuda-me aqui com o bikini... Não sei qual levar- disse Johanna com olhos de gatinho perdido.
- Leva o roxo. Fica melhor com o teu tom de pele e com o teu cabelo.
- Tinhas razão Faye, o Bill está tão giro!
- Qual achas-te mais giro?- perguntou Susan a Maria.
- Hmm... Não sei. Talvez o Tom. E tu Kuri?
- O Bill!- disse já com a resposta na ponta da língua, mas apercebi-me de que elas ainda começavam a pensar que eu gostava dele e, então, acrescentei.- Acho eu...
Saímos do dormitório e eles já se encontravam no corredor junto às escadas. Estavam com uns calções de banho parecidos, à excepção que os do Bill tinham um fundo preto e os do Tom tinha um fundo vermelho. Vi agora neles uma certa parecença, como se não fossem assim tão diferentes desde à pouco tempo. Descemos as escadas e entramos por um corredor à nossa direirta. O corredor tinha duas portas: umas ia dar ao refeitório e outra ia dar às cozinhas. Ao fundo do corredor havia uma outra porta, que dava para a rua. Quando a abrimos, a luz penetrou nos nossos olhos como lazers. Atravessámos um pouco do pátio, até uma espécie de escadas que o desfiladeiro até à praia formava. Descemo-las com muito cuidado e chegámos à praia. A areia era tão fina e leve que quase nem dei por ela nos meus pés. Pousamos todos as toalhas ao lado uns dos outros, tirámos a roupa e começámos a falar.
- Já tinha saudades de cá estar.
- Podes crer. Nada de precupações nem de professores a chatear- imaginou Tom- Pode-se fazer o que se quiser!
- Pois Tom, eu percebi o que queres dizer sabes?- disse Andrea com uma cara irónica.
- Hey! Quem disse que eu estava a pensar nisso?
- Bill?
- Está- disse ele a olhar para o mar.
- Como sabes?- perguntei eu surpreendida mas depois achei óbvio.
- Conhece-o muito bem. Pode nem estar a olhar para ele para perceber no que está a pensar.
- E com um gémeo como o Tom, é bastante fácil perceber...- acrescentou Bill.
- Dizes isso como se eu fosse um viciado!
Nesse momento todos olhámos para o Tom, incluindo eu e a Maria, e o silencio dominou-nos. Tom ficou muito corado e encolheu-se.
- Pronto, está bem, está bem.
Todos nos rimos, incluindo ele próprio.
- Eu acho que venho para aqui todos os dias. Sabe tão bem!- disse eu olhando para Faye.
- Era bom não era? O que é bom, nem sempre é o que acontece- respondeu ela.
- Os profs. não deixam?
- Não, é contra as regras vir à praia em dias de semana. Só podemos vir aos fins-de-semana e nas férias.
- Que seca.
- Mas temos que aproveitar enquanto podemos. Vamos à água?- perguntou Johanna já a correr para o mar.
O Bill e o Tom também se levantaram e seguiram-na. Eu olhei para a Maria com uma cara um tanto ou quanto provocadora e também nós fomos para a água, deixando Faye, Susan e Andrea nas toalhas. Cederam passado pouco tempo e foram ter connosco.
- Anda cá, Andrea. Vem ter aqui comigo!- disse Tom.
Andrea fez uma cara de assutada e começou a correr pela praia a fugir do Tom, que estava todo molhado. Johanna olhou para Faye e Faye compreendeu tudo por um simples olhar e desatou a fugir também, à frente de Johanna. Só faltava Susan e estava bastante assustada também. Bill olhou para mim e apontou para ela com a cabeça. Dei sinal à Maria e, os três mandámos água para Susan e esta ficou toda molhada numa questão de 5 segundos. Tivemos numa de mandar água uns aos outros a tarde inteira e divertimo-nos bastante. O Tom estava com a Andrea e a Faye a conversar já nas toalhas. Maria, Johanna e Susan estavam a fazer um jogo que eu ainda não tinha percebido muito bem, deixando-me a mim e ao Bill sozinhos. Ficamos a observar o pôr-do-sol na água, era lindo.
- É lindo, não é?
- É. Na minha casa dá para ver o pôr-do-sol desde o terraço, mas nunca me tinha apercebido que fosse tão bonito.
- Eu adoro ver. No ano passado eu via-o todos os dias. Deitava-me sempre no mesmo sofé na sala de convívio do 1º andar e ficava a olhar para o sol.
- No que pensas quando estás a olhar para ele?
Houve uma pausa na respiração dele e o silêncio apoderou-se da situação durante algum tempo. Ouvi a respiração dele voltar e olhou de novo para o horizonte.
- Do que nunca tive- foi a breve resposta dele.
Decidi não presionar muito. Era um rapaz misterioso, este Bill. Por vezes dava-me vontade de o beijar, mas não sabia porquê. Não gostava dele, acabara de o conhecer! Mas havia qualquer coisa nele que me fazia ficar nervosa quando o via, e cada vez que olhava para mim eu sentia um aperto na barriga impossível de parar. Fitei-o. Afinal ele e Tom eram realmente muito parecidos e de repente tive a sensação de estar a falar com o seu gémeo em vez de Bill, mas rápidamente desapareceu, assim que este reparou no meio olhar curioso e me olhou também. Desviei os olhos dos dele, envergonhada e olhei para a água. Sentia-me... estranha.
Estava a ir para a escola já pronta para lá ficar um ano inteiro e o meu nervosismo subiu de nível de um minuto para o outro assim que vi a enorme estrutura. Estavamos a aproximar-nos cada vez mais, até que já se viam carros estacionados dos dois lados da estrada e a minha mãe decidiu estacionar o carro no fim de uma fila que ficava a mais ou menos 500 metros da escola.
Eu, as minhas irmãs e os meus pais saímos do carro e o meu pai e a Kura ajudaram-me com as malas. Trazia uma mala da Samsonite de rodinhas gigante preta e uma mala mais pequena de por às costas da Eastpack preta com caveiras brancas e cinzentas por toda ela. À medida que nos aproximavamos da enorme multidão que se estendia à frente da porta de entrada começamos a abrandar de ritmo, até que paramos e começámos a procura de uma professora. Começei a sentir o telemóvel a vibrar e tirei do bolso. Era a Johanna. Fiquei aliviada, pois não me apetecia nada estar a entrar na nova escola sozinha. Atendi.
- Tou Johanna! (...) Olá! Estou no fim da multidão, mesmo ao pé dos carros, vens cá ter? (...) Obrigada, até já...
- Ela vem ter contigo?- perguntou a minha mãe.
- Sim, ela é como eu nas escolas novas e percebe-me.
Vi de repente a cabeleira loira de Johanna destacar-se da multidão. Aproximou-se de nós e cumprimentou-me.
- Olá! São os teus pais? Olá!
- Olá. São, é a Kura, a Fuiripa, a minha mãe Erusa e o meu pai Jiyohn.
Cumprimentou-os a todos.
- Vai ser um pouco dificil lembrar-me de todos os nomes!
Eles sorriram. Perceberam o que ela queria dizer. Fizeram uma cara de quem estar provavelmente surpreendido pela simpatia e inibidade dela
- Estás pronta?- perguntou esticando a boca em tom de nervosismo.
- Nem por isso...
- Consegues tratar de ti agora?
- Sim. Voçês já vão?
- Sim, não vale a pena estar aqui muito tempo. Os pais que cá estão, tão-se a despedir dos filhos e tu queres e ver-te livre de nós.- disse o meu pai sorrindo.
- Ohh... Não quero nada! Mas está bem...
Beijei os meus pais na bochecha e abraçei as minhas irmãs. Viu-os irem-se embora e virei-me para Johanna com ar de quem diz 'Ok, estou pronta!' e perfuramos pela multidão dentro. Entrámos no Átrio e só se via alunos com as fardas vestidas.
- Porque não estão aqui nenhuns pais?
- Eles não podem entrar no primeiro dia. É para não ficar muita confusão por todo o lado.
- Ahmm, está bem.
- Olha! Está ali um rapaz que te quero apresentar. Ele é tão giro! Chama-se Tom.
- Mas... Ele ainda pensa que eu te pedi para mo apresentares. Não!
- Não pensa nada, anda lá!
- Ok ok!- disse sorrindo.
Deixei que ela me agarra-se mão e fomos ter com o tal rapaz. Era muito alto e a farda dele era 6 números acima do normal.
- Tom!- disse correndo e saltando para ele para o abraçar- Então, tudo bem? Não nos vimos nas férias, estava a ficar preocupada contigo.
- Tudo e contigo?- disse com enorme sorriso. Continuo a falar a seguir de Johanna responder que sim com a cabeça- Pois foi, eu e o Bill fomos à Alemanha.
- E não me avisaram? Voçes são maus...- disse amuando.- Anyway! Esta é a Kurisu. É uma aluna nova e gostava de vos apresentá-la.
- Olá, sou o Tom.
- Olá!- disse com um sorriso tímido- Prazer.
- Olha! Não é a tua amiga?
- Sim, é. LÉSBICAA!
O Tom ficou a olhar para mim com uma cara estranha e depois olhou para ela. Olhou para nós e veio ter connosco. Olhou para o Tom e ficou com uma cara de assustada. Devia ser pelo facto de ele ser muito alto.
- Olá. Então, os teus pais já se foram embora?
- Sim...- disse abraçando-me - deves ser a Johanna não?
- Sim, e este é o Tom.
- Prazer.
- O prazer é meu- disse a olhar para ela como se fosse uma deusa.
- Oh Tom, pára com isso, sim?
Eu e a Maria rimo-nos e o Tom olhou para o chão com cara de culpado.
- Vamos, vou-vos apresentar o resto do pessoal!
Puxou a minha mão e a da Maria e levou-nos até ao fundo do átrio, até às escadas. Subimo-las com o Tom atrás de nós e ao fim das escadas virámos para a esquerda.
- Tom, não convém entrares. É o nosso dormitório!
- Ok ok... Eu vou ter com o Bill, venham cá ter depois.
- Está bem.
Entrámos no dormitório. Era enorme e a cor das paredes variavam por alas. Haviam cinco padrões diferentes: a mais perto da porta tinha as cores da escola - preto, vermelho e branco - às riscas; a seguinte tinha um grafitti a tons de cor-de-rosa desenhado; a 3ª ala era toda era cor-de-rosa e tinha uma enorme coroa prateada no centro; a penultima não percebi muito bem a que grupo pertencia: tinha um branco com cigarros por toda a parter e fumo a sair deles; a ultima era a que mais gostava: era toda preta e tinha umas caveiras vermelhas por toda ela.
- O que se passa aqui? As paredes não são um pouco esquezitas?
- Vais-te habituar rapidamente e sei que é um pouco descriminação mas vais ver que até é fixe!
Fui ter com a Maria a casa dela e contei-lhe as notícias. Não esperava nem uma grande excitação da parte dela nem grande transtorno, mas a resposta dela surpreendeu-me e até me chocou um pouco.
- Eu vou contigo.
- Maria, isto não é uma brincadeira. Estou mesmo a falar a sério.
- Eu sei! Eu vou contigo, não fico aqui a fazer nada nem com ninguém em especial por isso também vou.
- Mas... Tu não fizeste já a matrícula na escola antiga?
- Não, estava à espera da opção de ir para outra escola e, pelos vistos, encontrei!
Sorri e abraçei-a prolongadamente. Nem acredito que íamos outra vez para a mesma escola. Uma escola interna ainda por cima! Não podia estar mais feliz.
- Mas então tens que lá ir fazer a inscrição!
- Na boa.
Pegou no telemóvel e ligou para alguém.
- Estou, António! Olha quero que vás a St. Drinnian Florent Internal School e me faças a matrícula para o próximo ano lectivo está bem? (...) OK, adeus. Obrigada.
Pois... Quase me tinha esquecido. A Maria vinha de uma alta linha familiar, desde 1753, quando um nobre português conduziu uma armada Alemã- por aliança dos dois povos- pela primeira vez, contra um país de que eu nunca me lembrava do nome. Desligou o telemóvel e abriu uma gaveta na sua secretária. Tirou de lá uma máquina fotográfica profissional.
- Vai uma sessão de fotos?- perguntou sorrindo.
Corremos para as duas grandes portas que ocupavam uma das paredes do quarto dela e abrimo-las. Ficámos paradas durante algum tempo a olhar para aquele paraíso.
- Eu quase morro sempre que abro estas portas...
- Imagina eu que morro todas as manhãs.
Era um enorme armário em forma de corredor de 4 por 9 metros. Havia imensa roupa, tanto dos lados, como no fundo do corredor.
*
Tinhamos estado a tirar fotos desde à 2 horas e agora, estafadas, deitamo-nos no chão encarpetado por um tecido cor-de-vinho. Eu tinha vestido um vestido parecido com o de Jennifer no seu dia de casamento, à excepção de que era ainda mais medieval. Segundo Maria, tinha pertencido à sua trisavó. A Maria estava com umas calças de ganga escura, com a sua camisola preferida da 'Rock is my boyfriend' e com os seus usuais suspenssórios para baixo.
- Achas que nos vão aceitar naquela escola? Quero dizer... Nós somos realmente estranhas! Olha para nós: a tirar fotos assim do nada, tu com um vestido do século passado e eu com uma roupa da actualidade. Tens que admitir que somos um 'pouco' malucas!- disse lentamente enquanto aproveitava o conforto do chão.
- Acho que vão. Não me parecem de descriminar pessoas por serem mais ou muito mais malucas. A Joanna é mesmo simpática, tens que a conhecer.
- É mais simpática que eu??- perguntou amuada.
- Claro que não. Tu és mais, obviamente!- disse.
- Queres ir à piscina?- disse de repente, levantando-se.
Olhei para ela com os olhos muito abertos e espantados do género: 'BOA IDEIA!!'
- Claro!
- A última a chegar vai para a casota do Alfa durante 1 minuto.- disse abrindo a porta do quarto e começando a correr pelas escadas a baixo.
Adorei a ideia de ir para um colégio interno e como era a única escola que ainda tinha vagas decidi fazer lá a minha matrícula. As aulas estavam quase a começar e Joanna já estava a dormir no colégio porque os pais estavam fora do país e disse-me que lá estaria para me mostrar a escola.
*
O caminho para o colégio não parecia território. Fazia-me lembrar uma viegem que certa vez fiz a Inglaterra. Seguimos por um estreito caminho de terra circundante por enormes campos lavrados ou cheios de erva tão verde e tão bonita como se estivessemos mesmo na Grã-Bretanha. Chegámos finalmente a uma divisão da estrada, multiplicando, ficando assim duas estradas. Optamos pela estrada do lado do mar. Olhei para a minha esquerda e avistei-o: tão azul e límpido que estava. Estava maré alta e as ondas iam e vinham com uma força que por momentos pensei que sentia o chão a tremer. Olhei para a frente e vi um enormesco edifício. Fiquei boquiaberta. Abri rapidamente o vidro e sentei-me na porta para ver melhor aquela miragem. Era lindo! Tão medieval, tal como nos meus livros! Sabia perfeitamente que não ia ser um conto de fadas e que os professores eram muito exigentes, mas adorava aquilo tudo de poder estar longe da minha família e do dia-a-dia que sempre tivera.
*
A entrada consistia em duas enormes portas feitas de madeira pintada de castanho seco e tinha retornos dourados em forma de folhas, tanto lisas e compridas como pequenas e detalhadas. O átrio principal tinham uma altura de 4 andares normais e viam-se varandas dos outros andares nos lados esquerdo e direito e a uns 5 metros do fundo da sala. Haviam umas escadas à esquerda ao fundo da sala e eram em espiral. Em cada uma das quatro paredes haviam pelo menos 3 portas. Saíu uma senhora de uma delas e veio ter connosco.
- Boa tarde, eu sou Miss Eliza, posso ajudá-las?
- Hm... Sim. Eu queria fazer uma matrícula para o próximo ano, se fosse possível.
- Sim, claro. Venha por aqui.- disse voltando à porta de onde tinha saído à pouco.
Entrámos num corredor relativamente pequeno, com uns 3 metros de largura . Era muito escuro e a luz de candelabros que por vezes apareciam nas paredes era o único meio de se saber onde alguém estava.
- Isto é sempre assim?
- Não. Estamos com problemas na iluminação.
- Ah, ok...
Entrámos numa divisão à direita e a luz do dia invadiu-me e cegando-me completamente. Aproximamo-nos de uma secretária e Miss Eliza deu-me um formulário juntamente com uma caneta preta.
*
Quando saí do pequeno e escuro corredor e voltei para o átrio vi um grupo de estudantes. Reconheci Joanna e ela foi ter comigo.
- Olá! Então, já te inscreveste?
- Sim, já. São teus amigos?
- São. Venham cá, quero apresentar-vos a Kurisu.
3 rapazes e 2 raparigas juntaram-se a nós. Um dos rapazes era japonês. Tinha uma estrutura alte e tinha o cabelo preto mais ou menos pelos ombros. Não estava com a farda, usava umas calças de ganga cinzentas e uma t-shirt preta com uns desenhos e umas linhas estranhas. O mais baixo devia ter a minha idade; tinha o cabelo curto e castanho escuro e a a franja que tinha tapava um dos olhos. Estava com a farda vestida: umas calças justas pretas e umas camisa branca de manga curta, por baixo da gravata preta. O outros devia ter a idade do 1º, mas era obviamente um skater. As raparigas eram as que eu já tinha visto em St. Andrews Dewian School. A rapariga do cabelo preto tinha agora a parte do seu cabelo curto (no topo da cabeça) espetado para cima. Reparei agora que tinha um piercing no lado direito do lábio e os seus olhos estavam carregados de maquilhagem preta. A outra rapariga tinha o cabelo ruivo como o fogo e os olhos verdes como esmeraldas. Estava com um vestido preto sem alças e um corpete preto com umas caveiras quase impercebíveis brancas (*).
- Olá! Eu sou o Ruki- disse um.
- Eu sou a Faye e ela é a Susan.- disse a rapariga ruiva.
- E estes são o Andreas e o Nuno.- disse apontando para os restantes.
A escola era relativamente grande e a sua estrutura formava um 'U'. Entrámos pela porta, que dava para um corredor de 6 metros de largura. Era um colégio moderno: as paredes eram brancas com uns desenhos a preto que não se percebiam muito bem o que eram; Todas as portas eram de madeira castanha muito escura e abriam-se empurrando. Perguntamos a uma empregada que estava a lavar o chão onde era a secretaria.
- Quarta porta à esquerda.
- Obrigada.
Avançamos e no momento em que trespassamos a porta, três raparigas chocaram contra nós. Tinham uma farda constituída por uma saia achadrezada preta, branca e vermelha, uns collants pretos, uma camisa de mangas curtas branca por baixo de um colete apertado preto e uma gravata tamém achadrezada com um fundo vermelho e com linhas que variavam entre o preto e o branco. Adorei a farda, mas eu sempre adorava todas as coisas que tinham haver com colégios internos, não me perguntem porquê porque nem eu sabia. Uma daas raparigas avançou para nós e pediu-nos desculpa. Era muito branquinha e o seu cabelo era preto como breu. Nós passámos e elas continuaram o seu caminho, mais calmas. Olhei para trás e uma outra rapariga olhou para mim. Ela parou e reparei que era muito bonita. Tinha o cabelo louro , e, apesar do seu olhar franzido da luz do sol, via-se um impressionante azul safira. Sorriu-me, mas logo a seguir correu para as amigas e agora apenas se viam as suas figuras lá ao longe a correr como se tivessem atrasadas para uma aula.
- Achas que são de cá?- perguntei.
- Acho que não. Devem estar nos jogos interescolas.- disse apontando para um placar onde estava a imagem de uma horrível farda e o nome da escola onde estavamos em cima.
Ao balcão estava uma mulher velha. O cabelo estava estranhamente pintado de um vermelho que queimava os olhos.
- Posso ajudá-las?
- Sim, eu telefonei para aqui à algum tempo e disse que cá aparecia para ver a escola.
- Sim sim, já me lembro. Menina Kurisu não é?
- Sim.
- Aqui tem um panfleto da escola. Siga-me.
Entrámos de novo no corredor principal e seguimo-la para o lado contrário de onde tinhamos vindo. Ao fundo do corredor descemos umas escadas e fomos dar a um átrio com muitas portas que supostamente davam para salas de aula, devido aos números e letras que estavam na parede ao lado de cada porta. O primeiro dizia 9ºA e continuava por assim adiante.
- Este é o átrio do 9º, 10º, 11º e 12º anos.
Ela abriu a porta de uma sala e esta era muito bem equipada com mesas para dois lugares, cadeiras de madeira escura e requintada e uns quadros de giz de 5 por 1.5 metros.
- Como vêm, todas as nossas salas são de estrema qualidade e eficiência.
Saímos da sala e ela subiu de novo as escadas para um andar intermédio e entrámos num pavilhão que tinha matraquilhos, ping pong e cavaletes orientados por áreas.
*
No final da visita fomos ver os jogos que estavam a decorrer. Haviam várias escolas, cada uma com a sua farda. Reconheci a farda da escola e das três raparigas. Pelo menos 4 tipos de fardas diferenciavam-se. Todas as raparigas da escola local estavam agrupadas a falar entre si, mas pouco tempo depois todas se viraram para o resto da multidão e cantaram o que devia ser o hino da escola. Quando acabaram, organizaramse rapidamente em 5 grupos e cada um correu em frente a cada escola concorrente a gritar vitoriosamente e certa rapariga batia na cabeça de outra ao passar por ela.
- Isto é normal?- perguntei inocentemente.
- Não sei!- respondeu a minha irmã.- a senhora da secretaria tinha ficado pelo seu posto e resolveu abandonar-nos nesta fase da visita.
*
A minha irmã já tinha ido para o carro e eu estava agora a voltar, quando passou por mim um grupo de St. Andrews Dewian School. Olharam-me e desataram a rir como se tivesse a fazer algo ridículo.
- Tens um problema na garganta?- perguntei na defensiva.
- Não, mas tu deves ter um problema no teu gosto, para usares essas roupas!- disse e todas as outras se desataram a rir feitas parvas.
Apareceu por trás de nós a rapariga loura que escontrara na secretaria.
- Cala-te Devanny, ou queres que conte a toda a gente o que te passou pela cabeça o ano passado na minha escola durante as interescolas?- calou-se e Devanny fez uma cara de amuada, virou-se e foi embora com as amigas todas atrás.- Olá! Eu sou a Joanna. Sou de St. Drinnian Florent.
- Olá, chamo-me Kurisu. Bem, acho que afinal não venho para esta escola!
- Aconselho-te a não o fazer, sim. Elas são piores que cobras a transbordar de veneno! Odeio estas escolas cheias de Chavs.
- Pois, eu até prefiro Posh Totty a estas.
Ela riu-se.
- A nossa escola ainda tem vagas para este ano se quiseres.
- A sério? Vou falar com a minha irmã sobre isso, então.
- Mas há um problema. É uma escola interna, terias que lá dormir todo o ano e só podes ver os teus pais e irmãos nas férias.
- Com isso não há problema! A nossa família está habituada a essas coisas. Eu nunca vejo muito os meus pais porque eles estão sempre em viagens de trabalho e as minhas irmãs às vezes passam uma semana na faculdade a trabalhar.
- Isso é mau...
- Nem por isso, assim tenho algum tempo só para mim. E também já estou habituada a estar sozinha desde muito cedo por isso nem considero mau.
- Olha, desculpa agora tenho mesmo que ir, mas tens aqui o meu número.
Agarrou o meu telemóvel que tinha estado este tempo toda na minha mão e escreveu lá o número.
- Adeus! Espero que nos venhas visitar lá à escola!
- Adeus, sim vou!
- Boa noite! O casamento foi lindo.- disse a minha mãe a Jennifer e a Jorge antes de entrarmos no carro.
- Obrigada.- viu-nos partir e acenou com a mão, juntamente com Jorge.
*
Passou muito tempo desde o casamento da Jennifer e eu estava a ler no meu quarto quando Fuiripa entrou no quarto. Foi ter comigo e sentou-se ao meu lado na cama.
- Olha, temos que sair para te ir inscrever no colégio.
- Que seca! Espera só um momento.
- Ok, mas despacha-te.
- Está bem.
Andava no mesmo colégio desde o 5º ano e estava completamente farta! O ensino não era nada de especial, o ambiente uma desgraça e as pessoas eram sempre as mesmas. Queria mudar mas a minha mãe insistia em me deixar lá! Troquei de roupa e desci.
*
Chegámos à escola e fomos à secretaria.
- Chegaram tarde de mais. As inscrições foram a semana passada e já temos as vagas todas cheias.- foi a resposta roboticamente praticada pela secretária.
- Mas como é possível? De certeza que existe uma excepção para alunos que frequentam esta escola há muito tempo não??
- Não, lamento.
- Onde é que a posso matricular então??- disse a minha irmã furiosa.
- Acalma-te. De certo que ainda há vagas noutra escola.- disse disfarçadamente chateada.
- Há, sim. Mas em apenas uma escola, mas duvido que queira pôr a sua irmã nessa escola.
Fuir fez uma cara de incompreenção misturada com septicismo.
- Qual é o nome e como posso contactar?- perguntei na esperança que a minha irmã não disse-se nada insultuoso.
- É um colégio internacional, chama-se St. Andrews Dewian School. Aqui está o contacto.- deu-me um post-it com um número residêncial.
- Obrigada.- disse.
Chegámos ao carro e eu peguei no telemóvel para ligar para a secretaria do tal colégio.
- O que estás a fazer? Ainda devemos conseguir dar-lhes a volta!
- Não, não vamos. E além disso, não quero! Já ando naquela escola à demasiado tempo.
- Mas...
- Boa tarde! Chamo-me Kurisu, queria saber se ainda havia vagas para o próximo ano.- do outro lado houve um pequeno momento de silencio e uma mulher falou de repente.
[- Sim, temos! Porque não nos vem visitar e vê as instalações da escola?]
- Err... Está bem. Apareço ainda hoje.
[- Boa tarde.]
- Vamos lá?
- Sim.
* Algumas coisas nunca muda...
* info !!
* Algumas coisas nunca muda...
* Algumas coisas nunca muda...
* Algumas coisas nunca muda...
* Algumas coisas nunca muda...
* Algumas coisas nunca muda...
* Algumas coisas nunca muda...
* Algumas coisas nunca muda...